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Domingo foi dia de dérbi. A derrota, difícil para os bracarenses, é fácil de contar: das três equipas em campo, apenas uma foi competente. Em resultado disso, o V. Guimarães dominou a segunda parte, venceu de forma clara e está de parabéns.
Tratou-se de um resultado atípico, que acontece pela segunda vez ao longo de mais de 20 anos de história do Municipal de Braga. A derrota evidencia o mau planeamento da época e é um alerta para jogadores, equipa técnica e estrutura do futebol.
Fora de campo, Nuno Mendes (do PSG) denunciou insultos racistas nas redes sociais. Em Espanha, uma adepta do Sporting Gijon foi apanhada pelas câmaras a proferir insultos racistas contra Haissem Hassan, jogador do Racing Oviedo. Em todos os campos de Portugal continuamos a ouvir insultos racistas e homofóbicos em praticamente todos os jogos sem que qualquer medida efetiva do governo, da Federação, da Liga ou dos clubes seja conhecida.
Os jogadores têm direito a ser protegidos de insultos e crimes de ódio no exercício do sua profissão. Os adeptos têm o direito de assistir ao espetáculo sem terem que ouvir uma torrente de agressões verbais racistas e homofóbicas. Quando um adepto insulta de forma racista ou homofóbica um jogador do adversário, está a ofender todos os adeptos, todos os dirigentes, todos os treinadores e todos os jogadores. Precisamos de mais campanhas positivas que valorizem a diferença e promovam a igualdade. Mas também precisamos que os clubes, a Liga, a Federação e os governos façam o seu trabalho, identifiquem os prevaricadores e defendam as vítimas.
*Adepto do Braga