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A prestação extraordinariamente positiva da equipa de voleibol feminino do Braga no campeonato assinala uma mudança que queremos seja mais estrutural que conjuntural. Apesar de o desfecho ter sido contrário ao desejo de todos os bracarenses, a verdade é que o desempenho das nossas jogadoras nos fez sonhar e nos encheu de orgulho. À entrada da época, o Braga não era favorito. No fim, tudo se decidiu num lance no set de desempate do jogo de desempate da fase de apuramento do campeão. Que orgulho nestas jogadoras, equipa técnica e estrutura!
No futebol, é que foi mais do mesmo. A equipa de Carvalhal voltou a desiludir e falhou o pódio. É certo que a época começou mal, mas a boa performance do início da segunda volta parecia augurar uma classificação mais positiva do que o quarto lugar. Mais do que um choque de realidade, esta situação arrasta-nos para um jogo penoso que vale tudo para o adversário e quase nada para nós.
O que também não muda é a dualidade de critérios das autoridades desportivas. O rigor e a dureza com que tratam a maior parte dos clubes contrasta com a tolerância na hora de responsabilizar os três clubes mais poderosos. Alegadas tentativas de suborno, invasões de campo ou agressões (consumadas ou tentadas) a árbitros são sempre lavadas pela narrativa da “responsabilidade individual” sem que Benfica, Porto e Sporting sejam responsabilizados nos termos que são imputados a outros. O que vimos no fim do jogo da Luz é intolerável e não pode deixar de ter consequências para o Benfica.
Quanto ao resto, no sábado é para vencer. Como sempre.