Corpo do artigo
Apesar da conquista de um título e da luta pelo pódio até à derradeira jornada, a última época do Braga foi marcada pela irregularidade e, pior que isso, pela intranquilidade. Uma intranquilidade que teria começado no balneário, se transportou para o campo e que, por fim, contagiou as bancadas e as redes sociais.
É preciso conhecer o peso traumático deste passado recente para se compreender que o Braga tenha prescindido de Daniel Sousa ainda no decurso da primeira jornada, depois de dois resultados negativos (empates em casa com Servette e Estrela da Amadora) e uma exibição dececionante no primeiro jogo com o Maccabi Petah Tikva.
O choque, precoce, tem como principal objetivo salvar a participação na Liga Europa e evitar que esta época seja longa, difícil e intranquila como a anterior. Mas é uma decisão que não está isenta de riscos.
Carlos Carvalhal é um treinador experiente, que venceu uma Taça de Portugal na última passagem pelo clube e que tem uma notável capacidade de resistir às dificuldades. Mas vai trabalhar com uma equipa que não foi construída à imagem do seu modelo de jogo e parte em desvantagem a meio de uma eliminatória que é decisiva.
Até ao fecho do mercado ainda há tempo para retocar o plantel. E também para saídas inesperadas.
Quanto à Liga Portuguesa, uma jornada foi suficiente para perceber que não há vontade de acabar com os seus piores vícios: o antijogo continua a reinar; a batota perpetua-se quando se permite que alguns clubes (neste caso o Farense) escolham o estádio onde recebem uns e outros adversários. É assim que se defende o espetáculo?
*Adepto do Braga