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O Braga chegou a Barcelos muito cansado e apresentou-se sem argumentos suficientes para vencer. A equipa tem sido varrida por um número inusitado de lesões e mostra-se exausta pela cadência e intensidade dos jogos. Não foi um jogo bonito para se ver e ainda mais difícil foi vivê-lo nas bancadas repletas de adeptos do Braga à espera de um novo arraial no Minho. Em campo sentiu-se a falta de Zalazar, de Moutinho, de Niakaté, de Bambu e de Bruma. Todos estes jogadores são determinantes para as transições e, no caso de Zalazar, para o planeamento do processo ofensivo. A equipa teve muita bola mas mostrou-se incapaz de criar perigo.
Apesar do apoio extraordinário nas bancadas, a sensação dentro do campo era de que estávamos numa festa sem música. O jogo foi de tal forma penoso que, no final, a sensação entre os bracarenses era de alívio. O empate aceita-se mas é importante reconhecer que a competência defensiva foi polvilhada com uma dose de sorte em dois lances de grande perigo por parte do ataque gilista.
Apesar de todos os objetivos continuarem em disputa, o Braga abriu a época de forma tímida e, ao contrário das últimas épocas, as expectativas estão em crise no maior clube do Minho.
A pausa e o encerramento do mercado de transferências trarão o tempo e a serenidade de que Carvalhal precisa para reestruturar a equipa. E trarão também alguns dos lesionados para disputar o grande dérbi do Minho. Com o V. Guimarães a fazer um extraordinário início de época, será certamente um jogo que ninguém quererá perder no maior palco desportivo do Minho.
*Adepto do Braga