O verão está quase a chegar e, se aceleração do calendário não for acompanhada por uma desaceleração sólida da pandemia de Covid-19, está bom de ver que caminhamos para um grande 31.
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Partindo do princípio que as coisas dentro de três meses estarão como agora - como cidadão optimista, tenho a certeza que nessa altura já nem o vírus nos atura, mas dá-me jeito alinhar em sentido oposto para escrever trenguices - as praias estarão reservadas a surfistas e a espertos com tábua de passar a ferro que não têm dinheiro para ir ao solário, nas esplanadas será preciso tirar senha a partir das cinco da manhã para beber uma cerveja e comer uns tremoços ao final da tarde e os sunsets da moda abrirão portas às 17 horas de domingo reservados a uma minoria que tem de andar de máscara e, por isso, não consome, dando um prejuízo brutal aos organizadores.
Como as piscinas, seguindo a minha teoria catastrofista, continuarão fechadas, o verão será uma espécie de maná para os fabricantes de bacias, onde se banharão os portugueses que tiverem varanda. E assim se descobre - à semelhança do que escrevi há um par de semanas em relação às fábricas de mobiliário - mais um setor da economia que tem tudo a ganhar com a pandemia.
Jornalista