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Não há nenhum adepto de futebol que possa ter ficado indiferente ao último dérbi do Minho. Dentro e fora de campo, o espetáculo foi garantido com justiça e correção por parte de todos os intervenientes. O estádio estava praticamente cheio e foi bonito ouvir os adeptos que esgotaram o setor bracarense durante praticamente todo o jogo.
O estado de alma das duas equipas era antagónico: o Braga tem-se apresentado intranquilo e animicamente abatido; o V. Guimarães, pelo contrário, apresenta-se insuflado por uma época que pode ditar o seu recorde de pontos.
O Braga começou melhor, mas, como acontece demasiadas vezes, viu-se a perder muito cedo. E depois ressuscitou: uma, duas e, quando já ninguém esperava, três vezes. A primeira por Bruma, que foi o melhor em campo, enchendo o balão da equipa durante todo o jogo. Depois por Ricardo Horta que voltou a mostrar a garra e a qualidade que lhe conhecemos. E, no instante final, por Rony que coroou uma época difícil.
Vencer em casa do rival é sempre histórico. Mas vencer com este dramatismo tem outro sabor. No domingo, almocei com amigos e estávamos todos felizes com a vitória. Os mais radiantes eram os três que conseguiram bilhete para o dérbi. Contaram-me que nunca tinham vivido um jogo assim.
Numa época com a exigência da Champions, ganhar uma Taça da Liga e disputar o pódio na última jornada tem que ser motivo de orgulho para todos nós. Resolvida que está a questão do Minho (e do quarto lugar), é hora de arrumar os traumas, encher o estádio e trabalhar para ganhar o próximo jogo. Vamos ao terceiro!