Xenofobia em Portugal: um desafio imediato
Corpo do artigo
Eduardo de Lourenço tinha razão: “a imigração é o reverso da medalha da nossa expansão.” Curioso, não é? Hoje quase 10% da população portuguesa é imigrante, mas ainda assim, há quem se apegue a uma neoxenofobia inusitada. Pergunta-se: esqueceram a História?
Demagogia com xenofobia? Um jogo perigoso. Como se pode ignorar que os imigrantes são o motor da economia e da sociedade? Portugal não seria o mesmo sem eles. Parece que alguns preferem uma amnésia conveniente.
Portugal precisa de se lembrar da importância da imigração. Xenofobia é não apenas um tiro no pé, mas também uma negação da própria identidade portuguesa. Afinal, somos conhecidos pela nossa hospitalidade, ou será que isso também é uma memória seletiva?
Diversidade cultural trazida pelos imigrantes? Um enriquecimento. Mas, aparentemente, alguns veem isso como um problema. Ironia fina: queremos progresso, mas resistimos à mudança.
Tradicionais anfitriões, os portugueses sempre acolheram os outros. Agora, parece que a memória falha. Interessante como a tradição de acolhimento se torna nebulosa quando mais precisamos dela.
É hora de encarar a realidade: a imigração é vital para Portugal. Discursos xenofóbicos e políticas restritivas prejudicam não só os imigrantes, mas o país como um todo. Devemos lembrar que um Portugal inclusivo e aberto é um Portugal mais forte e próspero.
A realidade é clara: sem imigrantes, o desenvolvimento e a sustentabilidade de Portugal estão em jogo. É necessário um debate honesto e ações concretas para garantir que a imigração seja vista como uma solução, não um problema. Ignorar isso é fechar os olhos para o que realmente move e sustenta a nação.