O alerta foi dado pouco antes das 07.30 horas, pelos trabalhadores que iam entrar no primeiro turno de laboração, e o incêndio foi dado como circunscrito às 10 horas.
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A fábrica de aditivos para plástico Flexaco, em Estarreja, ficou totalmente destruída por um incêndio de origem desconhecida, controlado por 47 bombeiros de seis corporações que evitaram o alastramento a outras unidades químicas.
O alerta foi dado pouco antes das 07:30, pelos trabalhadores que iam entrar no primeiro turno de laboração e o incêndio foi dado como circunscrito pelas 10:00, estando a decorrer a fase de rescaldo e remoção dos materiais.
De acordo com o segundo comandante dos Bombeiros de Estarreja, Altino Silva, verificaram-se pequenas explosões mas a principal dificuldade no combate ao incêndio foi o fumo e a falta de visibilidade, provocados pela combustão de produtos químicos.
A falta de pressão nas bocas de incêndio foi outro contratempo, ultrapassado com a colaboração da vizinha fábrica da Dow Portugal, que disponibilizou de imediato a água de que dispunha.
Altino Silva disse aos jornalistas que nenhuma das outras fábricas vizinhas chegou a estar em risco, tendo-se registado apenas um bombeiro ligeiramente ferido.
Estiveram no combate às chamas 47 homens e 13 viaturas das corporações de Estarreja, Murtosa, Ovar, Esmoriz e "Velhos" e "Novos de Aveiro".
A Lexaco é uma fábrica de concentrados e aditivos de plástico que trabalha para o mercado nacional e exporta para outros países da Europa e Norte de África.
Segundo Valter Matias, sócio-gerente, a unidade fabril, que ficou irrecuperável, tem seguro, foi construída apenas há seis anos, estava equipada com moderna tecnologia e cumpria todas as normas de segurança na sua laboração.
O volume crescente de encomendas levou recentemente a empresa a adquirir mais uma máquina para poder vir a laborar em três turnos, o que o incêndio de hoje veio inviabilizar.
Quanto ao futuro dos seus 19 trabalhadores, Valter Matias disse aos jornalistas que "não lhes vai faltar nada" e adiantou que tenciona reunir de emergência com os restantes sócios com o objectivo de retomar a laboração "o mais rápido possível" noutro espaço.