<p>Enquanto motivo de galhofa entre colegas, o despejo do conteúdo de um extintor sobre uma funcionária da Secundária de Alpendorada por um aluno está a ser alvo de um inquérito. A auxiliar de acção educativa está em casa.</p>
Corpo do artigo
"É um episódio que não justifica este empolamento". Estas palavras proferidas, ontem, ao JN, por um responsável do conselho executivo da Escola Secundária de Alpendorada, são reveladoras do incómodo que o caso da agressão de um aluno (com o despejo do pó de um extintor a uma funcionária) provocou. A auxiliar de acção educativa foi, anteontem, assistida no hospital e aconselhada a ficar em casa até segunda-feira.
Sem dar a cara por "não estar autorizada a falar para a comunicação social", a mesma fonte escolar, garantiu, ao JN, que a legislação em vigor para lidar com casos de indisciplina "foi cumprida escrupulosamente". Aliás, o rigor acabou por penalizar a escola: "Se não tivéssemos os extintores colocados na paredes, de acordo com a legislação, porventura não tínhamos tido este problema", desabafa.
Na escola, os alunos riem-se com o caso. E apontam o dedo à falta de autoridade da funcionária. "É muito boa pessoa e os colegas abusam", explicou uma aluna do 9º ano. Já a colega do lado é da opinião que o jovem autor "não fez de propósito". Na pior das hipóteses, o aluno será penalizado com cinco dias de suspensão e o caso transmitido à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco.
Ontem, a professora encarregada de conduzir o inquérito passou a tarde a interrogar os alunos que terão assistido ao episódio, bem como ao autor. O aluno, de 15 anos, residente em Vila Boa de Quires, frequenta o Curso de Educação e Formação de jardinagem. Esses cursos de via profissionalizante acolhem, sobretudo, estudantes com historial de insucesso na via do ensino regular.