Águas das oficinas municipais contaminaram rio Pelhe

“Não voltará a suceder se tudo decorrer dentro da normalidade”, avançou o autarca, notando que a conduta está a ser reparada mas, até a reparação estar concluída, foi encontrada uma solução para que as descargas não sigam para o curso de água.

O vereador esclareceu que se trataram de águas resultantes da lavagem de viaturas e do estaleiro que escoaram para o rio, por causa do entupimento na rede que já está a sofrer uma “intervenção de fundo” para solucionar o problema.

A situação foi denunciada nas redes sociais pelo grupo informal “Amigos do Pelhe”, e levantada na reunião de Câmara pelos vereadores do Partido Socialista. “Já foram reportadas três situações de águas 'contaminadas' a saírem do estaleiro da Câmara Municipal, que põem em risco o ecossistema do rio”, lê-se na publicação.

“Estão a contribuir para a destruição de um bem natural, um ecossistema que deveria ser protegido e respeitado”, continuam, notando que a Autarquia devia ser “ primeira a dar o exemplo na preservação do ambiente”.

Hélder Pereira garantiu que a situação não vai voltar a repetir-se e frisou que a vontade de despoluir os rios pode ser verificada até pelo fato de a câmara ter colocado à vista o rio que até agora “estava escondido”.

Os vereadores da Oposição alertaram, ainda, para situações de tampas de saneamento que jorram resíduos para a rua, nomeadamente junto ao rio.

“Todos os intercetores em alta da Águas do Norte acompanham o rio Pelhe e, havendo um entupimento, acabam por cair na rua e no rio”, admitiu Hélder Pereira, salvaguardando que tal não é da responsabilidade do município.

Overeador garante que foi criada “uma equipa que está a identificar os problemas para que sejam resolvidos com a Águas do Norte”. O grupo é constituído por funcionários municipais, elementos da Agência Portuguesa do Ambiente e do SEPNA.

O objetivo é identificar e perceber as intervenções necessárias resolver os problemas que existem, concluiu.