O plano de evacuação está a postos, mas as autoridades no terreno optaram pelo confinamento da aldeia de Ermida, em Ponte da Barca, como forma de proteção contra o incêndio que lavra ao redor, esta segunda-feira ao fim da tarde.
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O fogo, que já vai no terceiro dia, desde que deflagrou em Parada, Lindoso, continua a progredir em duas frentes e ameaça a Ermida. A aldeia de Cidadelhe também oferece preocupação.
"Nós temos internamente um plano de evacuação se for necessário. No entanto, na Ermida, optámos por fazer confinamento, mas caso haja necessidade de fazer alguma evacuação, temos tudo previsto e articulado com a GNR", declarou o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Minho, Marco Domingues, explicando que tem "meios dentro da aldeia para proteger todas as frentes, a todo o perímetro".
Fotos: Rui Manuel Fonseca
Na zona confinada, o vento sopra com intensidade e o fumo espesso cobre toda a povoação e arredores.
"O incêndio mantém-se com duas frentes e a frente do flanco esquerdo é a que oferece mais preocupações. É aquela que está situada na serra e com a cabeça de incêndio junto à povoação da Ermida, onde temos meios a fazer confinamento às habitações", informou Marco Domingues, indicando que também se registaram "bastantes problemas", na zona de Froufe, mas "entretanto a situação normalizou".
"O trabalho vai ser muito moroso. A frente do flanco esquerdo será sempre aquela que nos vai merecer mais preocupação e atenção", sublinhou, considerando que o combate continuará árduo. "É natural que, sendo o perímetro tão grande, vá haver algumas reativações, mas temos meios posicionados e espalhados", indicou, lembrando que o combate ao fogo está a ser dificultado pelas duras condições do território que está a arder.
"Este teatro de operações tem uma característica muito própria: as inacessibilidades, a orografia... E a meteorologia de hoje é muito adversa e amanhã idem aspas", disse, adiantando que incêndio "não está dominado", mas os meios estão "a trabalhar para travar as chamas".