O incêndio que lavra, desde sábado em Ponte da Barca, voltou esta terça-feira a ameaçar a aldeia de Ermida, onde a população está confinada desde ontem como medida proteção.
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Segundo fonte ligada ao socorro, o fogo mudou de direção e voltou a aproximar-se da povoação, onde se encontram, em princípio, 43 habitantes. As autoridades optaram pelo confinamento na segunda-feira e estabeleceram como ponto de recolhimento, principalmente da população mais idosa, em caso de necessidade, o espaço do museu da Ermida, na aldeia, ao lado de uma capela. Nesta altura, estão no teatro de operações 395 operacionais, apoiados por 128 veículos, e um meio aéreo.
O incêndio deflagrou em Parada, Lindoso, sábado perto das 22 horas, e continua sem dar tréguas, devido aos sucessivos reacendimentos. E atinge já uma grande extensão, no concelho de Ponte da Barca, dentro do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). Foram atingidas pelo fogo várias aldeias, desde Parada, Britelo, Mosteiró até à Ermida.
Quatro bombeiros feridos
Além da área ardida, com a paisagem pintada de negro e o fumo a submergir várias aldeias, este incêndio, ativo há quase 90 horas, deixou hoje quatro operacionais feridos: dois bombeiros e dois sapadores florestais sofreram ferimentos ligeiros no combate ao incêndio.
Além disso, ontem, outros cinco bombeiros ficram feridos num acidente na A3, com um Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios (VLCI) do corpo de Bombeiros de Vila Nova de Tazem (município de Gouveia), que integrava o grupo de reforço que estava em trânsito de Beiras e Serra da Estrela. Várias construções anexas a casas ficaram destruídas e animais (gado) morreram apanhados pelas chamas ou asfixiados.