O Bloco de Esquerda (BE) quer saber porque está a repartição de Finanças da Póvoa de Varzim a fazer atendimentos apenas por marcação. Os bloquistas querem explicações do ministro das Finanças e exigem saber se a situação se prende com falta de pessoal.
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“A repartição de Finanças, desde da declaração de Estado de Emergência devido à pandemia covid-19, apenas efetua atendimentos aos cidadãos por marcação prévia. Esta medida que ainda não foi alterada, mesmo com o fim do regime de exceção nos serviços públicos devido à pandemia”, afirma o BE, numa pergunta dirigida ao ministro das Finanças, entregue na Assembleia da República.
A situação, denunciada a semana passada pelo JN, diz o Bloco, “prejudica” a população, em especial “os que vivem mais afastados do centro urbano, os mais idosos e os que se encontram em situação de infoexclusão”.
Depois das moções de protesto, aprovadas nas assembleias de freguesia e municipal, o BE quer, agora, saber porque está a repartição a funcionar apenas por marcação prévia e com a fila ou espera a ter que se fazer no meio da rua e exige “medidas urgentes que garantam à população o acesso ao serviço público sem qualquer impedimento ou dificuldade, como consagrado na Constituição da República”.
Os deputados do Bloco querem saber se o ministro das Finanças tinha conhecimento da situação, quais as razões e que medidas vai o ministério tomar para resolver a situação. Quer ainda saber quantos trabalhadores tem a repartição e se há falta de condições de trabalho que possam estar na origem da medida tomada.
Conforme o JN denunciou, recorde-se, a repartição atende apenas por marcação, que só pode ser feita online, deixando todos os que não têm computador ou não estão familiarizados com as novas tecnologias impedidos de ser atendidos.