O presidente da Câmara da Régua, Nuno Gonçalves, anunciou, esta quinta-feira, que o Hospital D. Luís I "não vai encerrar" até Dezembro, uma garantia que diz ter sido dada pelo secretário de Estado da Saúde.
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Em Agosto, a autarquia disse ter sido surpreendida pela decisão do ministério da Saúde de encerrar entre Outubro e Dezembro o Hospital D. Luís I.
Na altura, lamentou ter tomado conhecimento do encerramento do hospital "apenas por terceiros e na altura em que a mesma decisão foi comunicada, em reunião, aos funcionários do hospital".
Em consequência, pediu uma reunião de urgência ao ministério da Saúde para conhecer as intenções do Governo em relação à unidade hospitalar local, encontro que decorreu na quarta-feira.
No final, Nuno Gonçalves anunciou que o Hospital D. Luís I afinal "não encerrará".
O autarca congratulou-se com as garantias obtidas, as quais, considerou que, numa perspectiva de futuro, "podem ser determinantes para a valorização dos serviços actualmente prestados" pela unidade hospitalar.
O presidente fez questão de salientar a importância do hospital na "prestação de cuidados de saúde aos cerca de 50 mil utentes, que constituem a sua população-alvo e que seriam gravemente penalizados com o seu encerramento".
Esta unidade está inserida no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que compreende ainda os hospitais de Chaves, Vila Real, Peso da Régua e Lamego.
No Hospital D. Luís I está instalado desde finais de Março de 2009 o Centro Oftalmológico que representou um investimento de 1,5 milhões de euros em obras de adaptação e equipamento. Este hospital possui ainda as valências de cirurgia de ambulatório, medicina interna e consultas externas.
Em Agosto, os deputados do PS eleitos por Vila Real, Pedro Silva Pereira e Rui Santos, deram a conhecer um pedido de esclarecimentos ao ministério da Saúde sobre se tem a intenção, no seguimento da "sua política de contracção da despesa", de encerrar a unidade da Régua e se está prevista a deslocalização do Centro Oftalmológico para Lamego.
No mesmo dia, o ministério da Saúde afirmou que a decisão do encerramento daquele hospital "não foi da responsabilidade do actual ministro da Saúde" e remeteu mais esclarecimentos para a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte que, até ao momento e apesar de diversas tentativas, ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Entretanto, o PS local assumiu a "missão" de "não deixar encerrar" o Hospital da Régua e fez saber que, que Ana Jorge e Manuel Pizarro, ex-responsáveis do ministério da Saúde, "garantiram que nunca foi abordada a hipótese do encerramento" daquela unidade hospitalar.