A circunstância de alguma vegetação de uma ravina, junto à A24, apresentar sinais de desvastação causou, inicialmente, estranheza a inspectores da Polícia Judiciária do Porto que, desde há dias, calcorreavam o percurso efectuado por Carina Ferreira, desde Lamego até à Régua, no último dia em que foi vista. Aquela era também a zona para onde apontava a tringulação dos últimos sinais dos telemóveis da jovem.
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Os investigadores - integrados numa equipa especialmente constituída para investigar o misterioso desaparecimento - decidiram descer um pouco mais a ravina e começaram a captar um cheiro nauseabundo. Desceram um pouco mais e eis que se deparam com o Peugeot 106 virado do avesso e já coberto por alguns arbustos.
Lá dentro estava o corpo de Carina, já em adiantado estado de decomposição, ainda com cinto de segurança e os telemóveis. Se alguém tivesse pretendido esconder o cadáver, provavelmente não teria conseguido um local tão complicado e improvável.
Morte acidental
Tudo indica, no entanto, que a jovem de Lamego terá morrido na sequência de um acidente. Presumivelmente, a viatura seguia em velocidade excessiva ou, pelo menos, suficiente para embater no talude da A 24 numa zona em que não havia rails.
Depois, o Peugeot ganhou balanço e voou por cima de uma cerca destinada a impedir o acesso a animais, caindo na ravina. Parou cerca de 30 metros à frente.