<p>A Coindu, empresa têxtil de fabrico de componentes para automóveis, confirmou esta quarta-feira, em nota à Imprensa, a redução de 387 postos de trabalho nas unidades de Vila Nova de Famalicão e de Arcos de Valdevez. </p>
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Segundo o comunicado, a empresa iniciou um "processo de redução de efectivos, através da figura do despedimento colectivo", tal como o JN avançou ontem, que engloba um total de 387 trabalhadores (148 efectivos em Famalicão e 239 em Arcos de Valdevez). "Apesar de todos os esforços para evitar, ou mesmo atenuar o impacto nos colaboradores, lamentamos profundamente não encontrarmos outra alternativa senão a que estamos a seguir", lê-se.
De acordo com a administração, este caminho permitirá que a têxtil mantenha "um nível aceitável de resposta à grave crise existente e, também, corresponder às solicitações de mercado que permitam evitar qualquer outra acção do género no futuro". A Coindu espera que a retoma permita ter "condições para recuperar a actividade e o nível de emprego".
"O mercado de componentes automóveis teve uma rápida e significativa deterioração no último trimestre de 2008 e essa tendência negativa manteve-se no trimestre passado", explica. Por isso, diz, torna-se "insustentável a manutenção dos níveis de laboração existentes, e consequentemente o nível de emprego".
A Coindu salienta, ainda, que os "sinais" relativamente à "actividade a médio prazo são insuficientes" para prever quando a recuperação da actividade terá lugar e a sua intensidade. Afirma, porém, que "nos últimos anos" apostou numa estratégia de crescimento da actividade "sustentada no investimento constante e nível de emprego em crescimento" nomeadamente adquirindo, em 2008, uma nova unidade produtiva em Famalicão.