Colégio Efanor ocupa o 1.º lugar do ranking do JN. Projeto educativo também passa pela voluntariado.
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O Colégio Efanor, em Matosinhos, é como uma segunda casa para Maria Inês Folhadela. Tem 18 anos, é finalista do Ensino Secundário e começou a frequentar o colégio no ano em que o estabelecimento de ensino abriu portas. Maria Inês tinha, na altura, três anos. Estávamos em 2008. Quinze anos depois, prestes a concluir o Secundário, é com orgulho que a jovem vê o colégio ocupar, à semelhança do ano passado, o primeiro lugar no ranking das escolas do JN.
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Maria Inês aponta a "atenção" dada pelos docentes aos alunos como uma das mais-valias do colégio. "Temos professores completamente disponíveis constantemente. Os professores não estão apenas interessados em que tenhamos a melhor nota possível. Estão interessados em que compreendamos e gostemos do que estamos a aprender", sublinhou a jovem, garantindo que a preparação feita pelos docentes nas aulas faz com que os alunos não se sintam "pressionados" com os exames.
"Como ao longo do ano temos um nível de exigência elevado e temos uma cultura de trabalho e esforço constante, chegamos aos exames a sentir que não é um bicho de sete cabeças", contou a jovem.
Para João Trigo, diretor do colégio Efanor, o "trabalho", "as pessoas" e a ambição de fazer sempre melhor são alguns dos ingredientes que conduzem ao sucesso. A "estabilidade e qualidade do corpo docente" é outro ingrediente para os bons resultados. Ainda assim, nota, a vertente "mais ligada à área do conhecimento" é "apenas uma das vertentes que a escola trabalha".
O colégio tem, na sua oferta curricular, disciplinas como Criatividade ou Conhecimento do Mundo. Os alunos estão envolvidos em atividades desportivas e projetos de voluntariado.
"Isto não pode transformar-se numa máquina para preparar alunos para exame. Seria redutor. A nossa primeira preocupação tem de ser formar pessoas", sublinhou João Trigo.
Maria Pereira, de 18 anos, fez voluntariado no ano passado. Esteve três semanas em Moçambique. "Ajudamos a renovar salas de aulas e a construir, numa das aldeias, uma central elétrica para poderem ter energia", recordou, apontando a experiência como a "oportunidade de uma vida".
"Neste colégio, o objetivo não é só formarmo-nos academicamente, mas também há o foco em tornarmo-nos bons cidadãos", frisou a jovem.
Ao contrário da colega Maria Inês Folhadela, Maria Pereira só ingressou no colégio no 10. º ano. Antes, frequentava uma escola pública. "Aqui somos muito unidos. Não só os alunos, mas também professores e funcionários. Apoiamo-nos todos", destacou.
História
O Colégio Efanor é um estabelecimento de ensino privado, promovido pela Fundação Belmiro de Azevedo. Abriu portas em 2008 e inclui berçário, creche e ensino desde o Pré-escolar ao Secundário.
Voluntariado
O colégio tem vários projetos de voluntariado. Um deles é junto da comunidade sem-abrigo. Segundo o diretor, quinzenalmente, ao sábado, o colégio abre portas para que as pessoas em situação de sem-abrigo possam fazer a sua higiene pessoal e comer uma refeição quente. Alguns dos alunos dão, também, explicações a estudantes de outras escolas próximas.