Trabalho de muitos anos que se vai consolidando é outra das marcas do Grande Colégio Universal, instituição privada do Porto onde há grande proximidade entre os alunos e o corpo docente.
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"O colégio não é uma máquina de montagem para exames". Quem o diz é Rui Brito, diretor pedagógico do Grande Colégio Universal, instituição que obteve os melhores resultados a Português e a Matemática. Neste estabelecimento privado do Porto, ficar nos lugares cimeiros não é novidade.
Entre os fatores que contribuem para o bom desempenho está a figura do coordenador, que, a partir do 5.º ano, acompanha o aluno até ao final do percurso. Conhece as suas dificuldades, o contexto de que provém e faz a ponte entre a escola e a família.
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A isso, Rui Brito acrescenta a capacidade dos professores: "Temos um corpo docente muito especializado no ensino secundário, nas suas exigências e no que é necessário para o aluno acumular saberes e estar preparado para os exames nacionais". "Aqui, os professores são professores", insiste.
A forma como enfrentaram a pandemia e o ensino à distância não é alheia aos resultados. Prepararam-se com tempo e, quando as escolas fecharam, "todos os alunos estavam em casa a ter aulas online, dentro da plataforma do colégio", diz. "Em termos de perdas de aprendizagem, não houve. Ou, se houve, foram minimizadas", acrescenta o diretor pedagógico.
"Há muito trabalho que não é feito no ano do exame mas desde muito cedo", afirma, por seu turno, Sérgio Valente, professor de Matemática. Elenca outros fatores, como o reforço da carga horária nas disciplinas sujeitas a exame e o acompanhamento mais próximo aos alunos com dificuldades.
Sérgio Valente, que também foi coordenador dos alunos que fizeram o exame no ano passado, reconhece que a Matemática "é uma disciplina muito trabalhosa" e acredita que "o sucesso está, na maioria dos casos, no próprio aluno", sem esquecer o acompanhamento em casa. "Pelo trabalho e esforço que toda a comunidade tem, os resultados deixam-nos muito orgulhosos", refere ainda.
Pedro Oliveira, docente de Português, subscreve as afirmações do colega, reforçando a ideia de que há um "trabalho de muitos anos e de vários professores, que vai sendo consolidado". Realça que, a partir do 10.º ano, já com objetivos específicos em vista, os alunos "não descuram o Português, apesar do grande esforço que dirigem para outras disciplinas e outras áreas".
Rita Malheiro tem 18 anos e deu o seu contributo para o resultado final. Agora no primeiro ano da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, lembra que os alunos "têm todos os meios e as ferramentas para terem estes resultados" e que "as coisas são vistas com calma e com constante revisão do que se aprendeu". Contrariando o que classifica como uma "ideia fabricada" sobre o facilitismo no ensino privado, refere que no Grande Colégio Universal "é mesmo preciso trabalhar muito para tirar boas notas".
Sofia Viana, agora no 12.º, acrescenta que o facto de o colégio ser pequeno permite aos alunos "ter muito boa relação com os professores", o que também resulta na qualidade do ensino. "Sinto que temos mais facilidade, no geral", acrescenta. Ainda não sabe o curso que vai seguir, mas isso não a preocupa: "A preparação é muito boa".