A Companhia das Lezírias abriu ontem, sábado, as suas portas a mais de duas dezenas de visitantes que consideram o local um "pulmão" necessário e importante de preservar, situado a 30 quilómetros de distância da metrópole, Lisboa.
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Numa viagem de autocarro pelos mais de 20 mil hectares da Companhia das Lezírias (CL), os visitantes puderam estar em contacto com a natureza, numa paisagem que combina o montado, o pinhal, as zonas húmidas do estuário do Tejo e os pauis que rasgam a charneca.
Para o presidente da administração da CL, Vítor Barros, a iniciativa, que surge no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade, visa "mostrar a um conjunto de pessoas a vertente da biodiversidade que é praticada" no local.
"É um local onde há boas práticas agrícolas, onde há uma promoção da biodiversidade, adaptação às alterações climáticas e um sumidor de carbono e que é muito importante quando estamos a 30 quilómetros da capital", afirmou o responsável.
"Um pulmão bom é necessário ser preservado", foi a metáfora utilizada quer por Vítor Barros, quer pelo geógrafo e antigo secretário de Estado do Ordenamento do Território João Ferrão, um dos participantes da viagem.
Situada no concelho de Vila Franca de Xira e com 170 anos de história, a Companhia das Lezírias é tida como a maior exploração agro-pecuária do país detida na totalidade por capitais públicos. Mais de metade do território situa-se numa zona de conservação, o que obriga à prática de uma agricultura "muito respeitadora do ambiente".