Um bloco de uma arriba na Praia da Salema, Algarve, ruiu na sexta-feira, pelas 21:30, e apesar de não ter havido feridos, a Autoridade Marítima apelou hoje aos banhistas para respeitarem a sinalética do perigo de derrocada.
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"Não houve nenhum ferido na derrocada, mas se fosse ao longo do dia poderia ter sido registada mais uma tragédia no Algarve" semelhante à da Praia Maria Luísa onde morreram cinco pessoas debaixo de parte de uma arriba alertou Marques Ferreira, da Autoridade Marítima do Sul.
Adiantou também que apesar de existir sinalética na praia onde ocorreu a derrocada, situada no concelho de Vila do Bispo, a avisar dos perigos para os banhistas, muitas pessoas não a respeitam e colocam-se perto da arriba.
Para prevenir acidentes, a Autoridade Marítima do Sul apelou hoje aos veraneantes para respeitarem "escrupulosamente a sinalética de aviso de perigo" e não se colocarem debaixo de arribas.
A responsável da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve, Valentina Calisto, adiantou à Lusa que a zona da derrocada está interditada, mas que a praia está funcional e que "em princípio não haverá necessidade de remoção de blocos da arriba".
O bloco que ruiu na praia da Salema tinha cerca de 10 metros de volumetria por três, adiantou a ARH, acrescentando que os técnicos vão recolocar a sinalética de perigo no local.
Uma das mais recentes e graves derrocadas registadas no Algarve foi em agosto de 2009, na praia Maria Luísa, em Albufeira, provocando a morte a cinco pessoas. Desde essa altura que as autoridades procederam a cerca de 200 intervenções de desmonte de blocos de arribas consideradas perigosas.
Espalharam-se placas a alertar para o perigo e interdição ao longo da costa algarvia e foi decretada uma lei que prevê coimas para quem desrespeite a sinalética e se coloque debaixo das arribas a apanhar banhos de sol.