<p>Um manobrador de máquinas pesadas morreu, ontem de manhã, na sequência do despiste da máquina que conduzia, quando operava na rampa de acesso ao fundo da mina, a cerca de 200 metros de profundidade.</p>
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Carlos Vaz, de 31 anos, casado e sem filhos, era natural de Vale D’Oca, bairro mineiro de Aljustrel, e filho de um antigo mineiro. Ontem, por volta das 11 horas, conduzia um Dumper MTT, que descia carregado da superfície para o fundo da mina quando, segundo Jacinto Anacleto, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), “a máquina terá ficado sem travões”, segundo as informações prestadas pela administração da empresa à estrutura sindical.
Segundo as explicações avançadas pelo sindicalista, “a máquina em causa tem mais de 20 anos e já revelara problemas de travões, requerendo uma manutenção especial, que não terá sido feita”.
Uma das questões que o STIM sempre tem levantado, prende-se com a formação dos trabalhadores. Jacinto Anacleto alega que, apesar dos diversos apelos e pedidos nesse sentido “a administração não nos liga e desvaloriza o assunto”.
Ao JN, o sindicalista revelou que “o sindicato vai apresentar uma queixa no Ministério Público, para que a Polícia Judiciária investigue as causas do acidente do acidente”.
Os representantes dos trabalhadores tentaram, logo após terem tomado conhecimento da ocorrência, obter esclarecimentos junto da Administração da empresa, tendo esta, “declarado não estar disponível para o efeito”, disse ainda o sindicalista.
A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT)) Foi alertada, tendo enviado para a mina “dois inspectores para apurar as causas do acidente”, disse ao JN, Carlos Graça, o seu delegado regional no Alentejo .