<p>Dezenas de formadores de uma acção de formação promovida pela SEMA-Associação Empresarial no âmbito do "Urbcom" e executada por uma empresa de Viseu, estão há um ano à espera que o trabalho lhes seja pago. </p>
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"Não sabemos mais o que fazer, empenhámos o nosso tempo e trabalho e ainda não recebemos nada", desabafou ao JN, uma das dezenas de formadores que esperam desde Junho do ano passado que lhes seja pago o trabalho que efectuaram.
A acção de formação promovida pela SEMA-Associação Empresarial no âmbito do URBCOM-Urbanismo Comercial teve lugar de Outubro de 2007 a Junho do ano passado, nos centros urbanos de Estarreja, Murtosa/Torreira, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga e envolveu cerca de 1200 formandos.
O programa foi aprovado pelo IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas) e a contratação de formadores efectuada pela "Preparar o Futuro", de Viseu", que em Agosto do ano passado viu-lhe retirada a acreditação para efectuar a formação profissional.
Esta decisão do IPAMEI teve como resultado que o reembolso devido pelas acções de formação - que decorreram normalmente - não fosse pago à SEMA e desta á "Preparar o Futuro".
"Este problema não tem nada a ver com a SEMA, a empresa é que fez a contratação dos formadores", disse ao JN, José Valente, presidente da SEMA que salientou que "não podemos pagar directamente aos formadores". "Lamentamos que isto esteja a demorar tanto tempo", observou.
José Valente acrescentou que está pedida uma audiência ao ministro da Economia que ainda não teve resposta.
A SEMA, que no final de Maio celebrou um protocolo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional para cursos de aprendizagem, decidiu entretanto interpor uma acção judicial junto do Tribunal Administrativo de Aveiro "para defesa dos seus direitos". O presidente da SEMA salientou ainda que há outras associações empresariais com problemas semelhantes.
O JN contactou a "Preparar o Futuro", de Viseu, mas o gerente, Gil Ferraz, estava ausente.