O concurso de conceção e construção da ponte rodoviária D. António Francisco dos Santos, entre Campanhã, no Porto, e Oliveira do Douro, em Gaia, "está em vias de cair". O tabuleiro rodoviário será integrado na ponte para o TGV e a solução será financiada "integralmente" pelo Estado. A nova infraestrutura custará "aproximadamente" 100 milhões de euros.
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O relatório preliminar do concurso de conceção e construção da ponte rodoviária D. António Francisco dos Santos, lançado pelas Câmaras do Porto e de Gaia, "está em vias de cair". De acordo com o autarca gaiense, Eduardo Vítor Rodrigues, é essa a indicação dada pelo relatório preliminar, ao qual se segue uma audiência prévia.
Todas as propostas apresentadas pelas empresas concorrentes ficaram acima do preço base de 38,5 milhões de euros. O procedimento ficará, assim, deserto, libertando os Municípios do Porto e de Gaia do pagamento de quaisquer indemnizações.
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"A ponte mantém-se como prioridade, sendo substituída por um modelo de uma ponte com dois tabuleiros, ainda por cima financiado integralmente pelo Estado, com o tabuleiro superior dedicado ao TGV e o tabuleiro inferior dedicado à rodovia", clarifica o presidente da Câmara de Gaia, notando que esta solução servirá para substituir o tabuleiro inferior da ponte de Luís I, que será exclusivamente pedonal. Ou seja, esta infraestrutura, observa o autarca, "não acrescenta mas substitui rodovia".
De acordo com a Infraestruturas de Portugal, o concurso para a conceção e construção da ponte do TGV será lançado até ao final deste ano, prevendo-se a conclusão da obra até final de 2028.
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Eduardo Vítor Rodrigues diz que nunca foi uma exigência dos Municípios do Porto e de Gaia terem uma ponte municipal, assumindo sempre "um desprendimento total". Para os autarcas, a única condição imposta foi a existência de um tabuleiro inferior rodoviário entre os dois concelhos para responder às necessidades de mobilidade, que será agora integrado na solução da ponte para o TGV.