O presidente da Câmara de Arouca, José Artur Neves, disse que o troço da estrada nacional 224 onde morreram dois homens devido a uma derrocada, esta sexta-feira, vai ficar fechado até haver condições de segurança para a sua reabertura.
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Uma derrocada esta sexta-feira de manhã, pouco antes das 10 horas, na estrada nacional 224, no lugar de Caracuste, freguesia de Várzea, em Arouca, matou os dois homens que seguiam num carro, que foi arrastado para o rio Arda devido ao deslizamento de terras.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Arouca confirmou que as vítimas são dois homens, na casa dos 50 anos, ambos residentes no concelho.
José Artur Neves explicou que a via em causa é da responsabilidade das Estradas de Portugal - empresa que foi chamada de imediato após o acidente - tendo o autarca avançado que mandou cortar a estrada ao trânsito, "estando apenas o acesso permitido aos moradores".
A Estradas de Portugal lamentou entretanto as duas vítimas mortais e assegurou que esta via continuará fechada à circulação enquanto não estiveram reunidas todas as condições de segurança.
Fonte da Estradas de Portugal disse à agência Lusa que o acidente causado por uma derrocada num troço da estrada nacional 224 e informou que se tratou de "um deslizamento de terras da encosta e não junto à estrada".
A Estradas de Portugal está a proceder a trabalhos de limpeza da estrada e aguarda pela melhoria das condições climatéricas para verificar as condições do terreno circundante.
Segundo o presidente da Câmara, no concelho tem havido "imensos escorregamentos e várias derrocadas", mas, "até hoje, ainda não tinha acontecido nenhuma tragédia destas".
"São mais de 300 mil euros que a Câmara vai gastar em reparações deste género", adiantou, explicando que devido às características do concelho e ao mau tempo constante que se tem feito sentir, o desgaste gerado é "imenso".
Floriano Amaral, comandante dos Bombeiros Voluntários de Arouca - a corporação que esteve na operação com 30 bombeiros apoiados por dez viaturas - também explicou à Lusa que a estrada "fica fechada até ao tempo melhorar".
"Não vale a pena fazer previsões porque se chover hoje, amanhã e depois não tem condições de se abrir. Da maneira que está a chover há possibilidade de haver mais derrocadas", disse.