<p>A fábrica de aditivos e corantes para plástico Flexaco, na zona industrial do Eco-Parque de Estarreja, ficou esta terça-feira totalmente destruída por um incêndio combatido por meia centena de bombeiros de seis corporações.</p>
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O fogo começou foi detectado pouco depois das 7.15 horas da manhã de ontem, quando os primeiros trabalhadores chegavam ao edifício para dar inicio a mais uma jornada de trabalho. Pelas 10 horas da manhã estava circunscrito, segundo o adjunto do comando dos Bombeiros de Estarreja, Altino Silva, mas as operações de rescaldo, com a ajuda de uma retroescavadora da Câmara de Estarreja, prosseguiram durante a tarde de ontem.
"Quando aqui chegámos o armazém estava tomado pelo fumo", disse aos jornalistas o adjunto do comando dos bombeiros de Estarreja, que salientou que a situação ficou um pouco sem controlo, quando se ouviram pequenas explosões.
O fumo e a má visibilidade dentro do armazém em chamas foram a principal dificuldade dos bombeiros no ataque ao incêndio, onde nos primeiros momentos foi utilizada espuma.
O recurso a água foi um pouco dificultado, devido à pouca pressão das bocas de incêndio na zona, tendo os bombeiros recorrido a alguns pontos de água da Dow Portugal, que está localizada nas imediações.
O telhado do edifício viria a ruir.
O adjunto do comando dos bombeiros de Estarreja considerou que nenhuma das empresas das imediações esteve em perigo. O incêndio combatido pelas corporações de bombeiros de Estarreja, Aveiro (Novos e Velhos), Murtosa, Ovar e Esmoriz tem causas desconhecidas, estando a ser investigado pela Polícia Judiciária. Apenas um bombeiros ficou ligeiramente ferido durante o combate às chamas, tendo sofrido uma entorse.
A Flexaco encontra-se a laborar desde Setembro de 2003 e emprega 19 trabalhadores.
"Aos trabalhadores não lhes vai faltar nada", disse aos jornalistas Walter Matias, sócio gerente da empresa.
"Somos quatro sócios e vamos reunir de emergência para decidir o que vamos fazer, contando com a ajuda dos amigos", adiantou, frisando que o complexo fabril, que produz produtos que dão coloração aos plásticos, se encontrava coberta pelo seguro.
A empresa produz para o mercado nacional e ainda para a Europa e Norte de África e estava a preparar a entrada em funcionamento de trabalho para fazer face às encomendas.
Alguns trabalhadores que assistiam ao combate ao incêndio, não deixaram escapar uma ou outra lágrima. "Estou num bocado preocupado, nunca pensei que isto pudesse acontecer", disse ao JN Bruno Silva, a trabalhar na Flexaco há quatro anos. "Vinha para trabalhar a encontrei isto", concluiu.