INAG vai pedir ao LNEC estudo rápido sobre o alargamento da Aberta.
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O desassoreamento da Aberta (canal que liga a Lagoa de Óbidos ao mar) poderá solucionar, no imediato o problema do avanço no mar na Foz do Arelho. O Instituto Nacional da Água (INAG) admite ainda colocar sacos de areia para proteger o emissário submarino.
O avanço do mar registado no início da semana deu o alerta para uma situação que, segundo o presidente da Câmara de Caldas da Rainha "arrasta-se há tempo de mais". Fernando Costa garante que a situação "é dramática" e assegura que se nada for feito "a maior lagoa de água salgada do país e da Europa corre o risco de desaparecer". O autarca diz que "se nada for feito dentro de um mês ou dois não existe praia nem emissário submarino".
Segundo Fernando Costa o problema do avanço do mar está num canal que ficou assoreado, o que levou a Aberta a deslocar-se mais para norte. "Basta uma pequena dragagem e o problema fica resolvido", garante o autarca, assumindo serem necessários cerca de "200 ou 300 mil euros".
"Se não houver dinheiro a Câmara de Caldas da Rainha assegura o pagamento e faz a obra. Só preciso que autorizem", frisou Fernando Costa garantindo que a colocação de sacos de areia para impedir o avanço do mar "não vai resolver o problema". Tanto mais "porque não existe areia".
Emissário submarino
Ontem, o INAG admitiu colocar sacos de areia para proteger o emissário submarino da Foz do Arelho. "Há neste momento uma situação de erosão na margem direita, em que pode estar em causa o emissário (tubo que transporta esgotos tratados da estação de tratamento das Caldas da Rainha para alto mar)", disse o presidente do Instituto que esteve na reunião da Comissão de Acompanhamento da Lagoa de Óbidos, que reúne uma dezena de entidades.
"Se a situação evoluir será necessário colocar sacos de areia para a protecção do emissário", revelou Orlando Borges.
Além da "solução de emergência" o presidente do INAG aceitou a proposta dos autarcas das Caldas da Rainha e Óbidos para "de um forma complementar, fazer uma abordagem para uma abertura artificial da Lagoa na parte central".
O INAG solicitou já ao LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) "que elabore uma nota técnica sobre essa possibilidade" que se for viável será desenvolvida em parceria com as câmaras das Caldas da Rainha e Óbidos e que "teria que estar no máximo concluída em Maio, para criar as condições de uma época balnear segura e tranquila", esclareceu o responsável.