Os trabalhadores da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto vão fazer greve a 26 de março para exigir o pagamento de salários em atraso.
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A paralisação, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionários e Afins (STAL), terá lugar entre as 9 horas e as 12 horas e tem como objetivo reclamar o pagamento imediato de metade do vencimento de fevereiro, que ainda está em dívida.
"O STAL considera intolerável que tão grave situação possa ocorrer numa entidade pública, sublinhando que a referida União de Freguesias recebe regularmente verbas do Orçamento do Estado para salários e não pode desviá-las para outros fins, privando os trabalhadores de meios de subsistência", referiu, em comunicado.
A 16 de março, o presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto (Cedofeita, São Nicolau, Vitória, Sé, Miragaia e Santo Ildefonso), António Fonseca, disse à Lusa que pagou os salários em falta "a todos" os 79 funcionários daquela estrutura.
De acordo com António Fonseca, pelas 16.30 horas já tinham sido entregues "a todos os trabalhadores" os 50% do salário de fevereiro que estavam por pagar, devido a dificuldades financeiras da junta de freguesia.
Fonseca, que numa conferência de imprensa realizada nessa manhã alertava para a necessidade de uma transferência por parte da Câmara do Porto para pagar os ordenados, não quis especificar como resolveu o problema.
Na altura, numa resposta enviada à Lusa, a Câmara do Porto esclareceu que "a falta de pagamento de vencimentos" não podia "ser alegado nem imputado à Câmara ou a qualquer visto do Tribunal de Contas (TdC)".
De acordo com a câmara, "infelizmente, juntas de freguesia como a do Centro Histórico fizeram chegar à Câmara os relatórios de execução dos contratos fora de prazo e apenas depois de insistentes pedidos da autarquia".