Estão agendados para as 15 horas deste sábado os funerais das três vítimas mortais do acidente de quinta-feira, na barragem do Tua. Os três trabalhadores morreram quinta-feira, cerca das 13.30 horas, quando regressavam ao trabalho, na zona da margem esquerda do rio Tua, em Carrazeda de Ansiães, onde vai nascer o paredão da barragem.
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A EDP vai fazer-se representar nas cerimónias fúnebres de Valter Rodrigues, de 54 anos, que residia no lugar da Póvoa, freguesia de Cotas, Alijó; Alberto Tomé, 57, de Folgosa de Douro, Armamar; e Carlos Leite Carvalho, 41, de Cabeceiras Basto.
Uma derrocada de pedras esmagou primeiro uma máquina giratória que estava parada e depois arrastou para a morte os três homens, que estavam num patamar inferior.
Desde ontem de manhã que a Autoridade para as Condições de Trabalho e a Inspecção Geral do Trabalho têm peritos no local, a investigar o que originou a derrocada, cuja explicação preliminar avançada pela EDP aponta para "causa natural não associada à obra em si".
Entretanto, já foi instaurado o competente inquérito nos serviços do Ministério Público de Carrazeda de Ansiães. Intervenção que, de resto, também foi exigida ontem pelo núcleo de Vila Real da Quercus, pois considera que existem razões para ser aberto um processo-crime.
Os trabalhos estão suspensos na frente de obra onde ocorreu o sinistro e o administrador da EDP Produção, António Ferreira da Costa, não prevê que se reiniciem "antes de duas semanas". Este foi o prazo decorrido no acidente do final de Agosto, que provocou três feridos graves.
Desde o início das obras na barragem do Tua, em Abril de 2011, já se registaram 10 acidentes de trabalho. O mais grave, anteontem, provocou a morte a três operários.