Um descuido com velas deixadas acesas é uma das causas prováveis do incêndio que matou uma mulher, de 88 anos, anteontem, em Vila Nova de Cacela, no concelho de Vila Real de Santo António. A idosa morava sozinha.
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O interior da moradia isolada, localizada no sítio da Coutada, foi totalmente destruído pelas chamas. O corpo de Antonieta Madeira Reis só foi descoberto durante a manhã de ontem, já na fase de rescaldo. Estava carbonizado, no meio dos escombros.
Nas habitações mais próximas foi ouvido o forte estrondo de uma explosão ao final da noite. "Fui ver o que se passava. Apercebi-me das chamas e das viaturas dos bombeiros a passar em direção à casa", contou uma moradora, Isabel Santos.
Os Bombeiros de Vila Real de Santo António receberam o alerta às 23.42 horas. O soalho e os tetos de madeira dificultaram o combate às chamas, que só foi possível controlar por volta das 4 da manhã. Nessa altura já havia fortes suspeitas de que a idosa não tivesse conseguido escapar ao fogo. As suspeitas confirmaram-se a meio da manhã de ontem durante a fase de rescaldo e já com elementos da PJ no local. O corpo foi encontrado no chão de uma das divisões da casa. Foi removido às 14.30 horas, depois de concluídas as peritagens.
Segundo o comandante dos bombeiros locais, Eduardo Tenório, "suspeita-se que o foco de incêndio tenha sido umas velas deixadas acesas, mas as causas ainda estão a ser investigadas". A explosão que se seguiu "terá resultado do rebentamento de uma garrafa de gás". Fonte da PJ confirmou, ao JN, não haver suspeitas de mão criminosa.