Entre janeiro e março deste ano, a Metro do Porto registou mais de 18 milhões de validações, o que representa o melhor trimestre de sempre, superando o mesmo período de 2019, ano em que foi batido o recorde de passageiros.
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O impacto da pandemia começa a ficar para trás e nos primeiros três meses deste ano a procura pelas composições do metro aumentou 16%, ou seja, cerca de 2.5 milhões de validações a mais do que o mesmo período em 2019.
Face aos dados de 2022, o aumento é de 36%, mais de cerca de cinco milhões de passageiros. Em todos os anos, o mês de março foi o que registou mais validações. Em 2023, sete milhões de passageiros viajaram nos veículos do metro.
De recordar que, em 2019, ainda não tinha sido aplicado o Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos, que na Lei do Orçamento do Estado para 2023 teve inscritos 138,6 milhões de euros, indica em comunicado o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, que tutela a Metro do Porto.
Reforço do serviço
Face ao aumento da procura, a operação comercial foi reforçada em cinco linhas, com aumentos de frequências e capacidade.
Na Linha Amarela, que liga Hospital São João (Porto) a Santo Ovídio (Gaia), o reforço será feito durante a noite, passando a circular seis veículos por hora em cada sentido.
Na Linha Vermelha, que faz ligação entre Estádio do Dragão (Porto) e a Póvoa de Varzim, a circulação na hora de ponta da manhã passa a fazer-se exclusivamente em composições duplas, com a introdução de mais um veículo duplo neste horário. Durante o dia, também foram adicionados mais dois veículos duplos para assegurar o serviço regular.
A Trindade, no Porto, deixa de ser a última estação das composições da Linha Violeta, com destino ao Aeroporto, uma vez que, a partir das 20 horas, a circulação é prolongada até ao Estádio do Dragão, sempre em veículos duplos.
Na Linha Verde, entre Campanhã (Porto) e o ISMAI (Maia), haverá quatro circulações por hora e sentido até ao ISMAI nas horas de ponta da manhã e da tarde e três na hora do almoço.
Também no metro de Lisboa e na Transtejo/Soflusa se registou um aumento da procura neste trimestre, mas os valores ainda ficaram aquém dos obtidos em 2019, antes da pandemia. Segundo o Ministério do Ambiente, a procura no Metropolitano de Lisboa e na Transtejo/Soflusa ainda está, respetivamente, 3% e 2% abaixo da verificada em 2019.