A Câmara de Gondomar está perto de chegar a acordo com o dono da pirotecnia situada numa zona de intervenção do Programa Polis, na marginal ribeirinha. A Autarquia tem um terreno para ceder à empresa em S. Pedro da Cova, mas há ainda questões por resolver.
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Uma delas é saber que parte do terreno não é passível de indemnização por estar em domínio público hídrico, mas pelo menos, segundo disse ao JN o vice-presidente da Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, o proprietário da pirotecnia está de acordo com a mudança das instalações para S. Pedro da Cova, onde existe um terreno municipal com as condições adequadas.
A interrupção do passadiço naquele troço de cerca de 100 metros, junto a Gramido, motivou uma das várias críticas que deoputados do PS fizeram ontem à Câmara, questionando a dedicação do Executivo ao Programa Polis.
Outras houve: “Faltam casas de banho, falta água, uma obra deste tipo merecia mais do que tem tido”, disse o líder da concelhia do PS/Gondomar, José Luís Araújo, que integrou a comitiva socialista que ontem passou pela marginal do rio Douro.
Luís Filipe Araújo lamentou ainda a falta de vigilância ao longo do passadiço, que vai do Freixo até Atães, principalmente durante a noite. Todos estes aspectos, assinalou, são reveladores do “desinteresse que a Câmara.
O vice-presidente do Executivo liderado por Valentim Loureiro defendeu-se, dizendo que há actualmente duas frentes de obra em curso: o troço final junto ao Porto e ainda no Centro de Educação Ambiental da Quinta do Passal.
“A obra não está abandonada e está gente a trabalhar. Dentro de dois meses, a obra estará concluída”, garantiu José Luís Oliveira. Declarou ainda estar em preparação o concurso para aexploração dos bares, estando a Câmara a tratar de formalizar a recepção parcelar da obra.
Quanto à vigilância, o autarca disse ter sido informado pela PSP não haver efectivos suficientes para policiar a área. “O PS devia interceder junto do Governo para que a PSP de Gondomar seja reforçada, porque aquela zona é um espaço público e tem que ser vigiada pela PSP ou GNR”, afirmou.