Os pais não autorizaram os filhos a frequentar as aulas acusam Fátima Felgueiras de nada fazer para pôr termo aos problemas de saúde.
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Os encarregados de educação, que se concentram à entrada da escola acompanhados dos seus filhos, alegam que as crianças estão a adoecer devido a condições deficientes do estabelecimento.
A Associação de Pais da Escola de Moutelas argumenta que em várias salas de aulas do estabelecimento, os alunos e professores sentem cheiros intensos provavelmente com origem no material do pavimento.
Hoje, à entrada da escola foram afixados vários cartazes com as frases "como podemos ser felizes na escola onde nem o ar se pode respirar" e "queremos uma escola não uma prisão".
Joaquim Lemos, pai de um menino que frequenta o primeiro ano, disse à Lusa que o filho começou a apresentar manchas no corpo.
"O médico disse inicialmente que era uma micose e medicou a criança. Dias depois, porque o miúdo não melhorava, acabou por receitar um medicamento com cortisona. Só assim melhorou", contou.
O encarregado de educação, que também integra a associação de pais, lamentou que a autarca Fátima Felgueiras não tenha estado esta manhã na escola para ouvir os encarregados de educação.
"A senhora presidente devia estar aqui a dar a cara, porque são crianças e professores que estão em risco", afirmou. Sandra Pinto é mãe de uma menina de seis anos que frequenta o primeiro ano.
" Lusa contou que a filha não estava presente esta manhã "porque tem de estar até sábado recolhida em casa para não apanhar corrente de ar".
A mãe afirmou que a filha tem sentido dores de garganta e de ouvidos e já algumas semanas que anda com tosse persistente.
"Na semana passada, o serviço de pediatria do Hospital de Guimarães diagnosticou à minha filha infecção nas vias respiratórias", adiantou.
A encarregada de educação lamentou que Fátima Felgueiras nada tenha feito para ajudar os pais e as crianças, apesar de se tratar de uma questão de saúde.
A Lusa tentou ouvir alguns professores presentes na manifestação, mas todos se recusaram a falar, alegando não estarem autorizados.
No local não compareceram representantes da Câmara Municipal. A autarquia já prometeu tomar, ainda hoje, uma posição pública sobre a matéria.