Voo de experimentação de drones batiza o que será a primeira área de mobilidade aérea em cenários de crise.
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ZLT é a sigla para Zona Livre Tecnológica, a instalar no Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ). O que será a primeira área de mobilidade aérea urbana em Portugal associada à emergência médica ou de catástrofe teve esta quinta-feira um ato inaugural, com o voo de experimentação dos drones que hão de servir ao transporte de medicamentos, de amostras biológicas, de órgãos, de antídotos, de componentes ou de derivados de sangue necessários em situações de absoluta urgência.
A base destes pássaros "high tech" funcionará no mesmo espaço de outra infraestrurura avançada de emergência médica que está para surgir no CHUSJ, o heliporto, a concluir este ano, no mesmo espaço, no pátio frontal ao hospital, que outrora também foi uma pista de aterragem, encerrada há mais de vinte anos.
Os objetivos complementam-se: encurtar distâncias e tempo para prestar melhores serviços de saúde e "aproximar o Serviço Nacional de Saúde às populações, com ferramentas mais modernas e mais atrativas. Os desafios das biotecnologias têm futuro", disse o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Lacerda Sales.
"É o embrião de muitos projetos futuros, numa área de enorme potencial, com vantagens do ponto de vista clínico e económico", verificou Fernando Araújo, administrador do CHUSJ, que prevê a instalação no Porto de um "hub" internacional da mobilidade aérea em emergência médica.
Todas estas soluções de base tecnológica ainda carecem de certificação e de aprovação dos reguladores, designadamente por parte da Agência Nacional de Avição Civil (ANAC), o que deverá suceder até ao final deste ano. Fernando Araújo prevê e deseja ter o "hub" a funcionar "em 2023, em forma de rotina".
Raio de ação
A autonomia de voo depende dos aparelhos. O "hub" do S. Jão prevê que os drones possam chegar a Bragança.
Porte e carga
Os drones mais pequenos pesam à volta de 4,5 kg e podem transportar uma carga de 1,3 kg, num raio de 10 km.
Encomendas
As cargas são dirigidas por GPS. Nos destinos mais inacessíveis, podem ser largadas por pára-quedas.