Pilaretes para "disciplinar" trânsito e estacionamento em Famalicão
A Câmara de Famalicão vai colocar cinco pilaretes retráteis para “disciplinar” o tráfego e o estacionamento indevido e “melhorar” a mobilidade. A circulação será permitida apenas para moradores e cargas e descargas.
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O assunto foi levantado pelos vereadores do PS na reunião de Câmara desta quinta-feira, que quiseram saber exatamente o que está projetado
Mário Passos, presidente da Câmara de Famalicão, explicou que serão instalados em data ainda não definida, pilaretes controlados de forma digital para ter uma cidade “mais disciplinada e organizada”. “Já percebemos bem as potencialidades que a cidade tem para oferecer mas para poder fazer dela o motor do desenvolvimento do concelho tem de estar mais disciplinada e organizada”, notou, referindo-se ao trânsito e ao estacionamento.
Segundo o autarca, a instalação destes equipamentos vai ajudar nessa tarefa. “Estamos a ver que está a ser difícil ter a cidade disciplinada, os recursos das forças de segurança são escassos e temos de utilizar as ferramentas digitais”, apontou. Com estes pilaretes, que serão acompanhados de semáforos, o autarca acredita que se vai "incrementar a capacidade de mobilidade", já que o que muitas vezes a obstaculiza é o estacionamento indevido. Por isso, quer "evitar o estacionamento indevido para uma mobilidade cada vez melhor".
Dois dos pilaretes servirão para cortes de trânsito em situações excecionais como, por exemplo, épocas festivas, sendo que os restantes serão colocados na rua de acesso à residência universitária, no acesso ao topo norte da Praça D. Maria II e junto ao antigo campo da feira.
Os socialistas consideram que se trata de mais um “obstáculo” à mobilidade no centro urbano. “A Câmara gastou mais de dez milhões de euros no centro urbano e a justificação para o investimento que foi feito era a facilidade com que os famalicenses podiam circular”, explicou Augusta Santos, vereadora do PS no executivo. “Ainda as obras não estavam concluídas e houve uma 'plantação' de vasos pelo espaço urbano. São obstáculos”, afirmou.
Para Augusta Santos, depois da “moda dos vasos” vem agora a “moda dos pilaretes”. “Não é razoável que assim seja”, atirou, justificando que são barreiras para as pessoas com mobilidade reduzida. “Se o objetivo foi devolver o centro urbano para completa utilização e fruição então considero que há um longo caminho a percorrer para tal”, acrescentou.
O PS questionou ainda a Câmara sobre a ausência de um Plano Municipal de Promoção das Acessibilidades, considerando que este é um instrumento de orientação importante.