A Câmara de Ourém acionou um plano de emergência para prevenir a greve no setor de recolha e depósito de lixo que afeta Fátima nos dias 12 e 13 de maio.
Corpo do artigo
"Os cálculos apontam, de acordo com estatísticas de anos anteriores, para que fossem recolhidos cerca de 50 toneladas de resíduos indiferenciados durante a peregrinação", explicou o vice-presidente da autarquia, José Alho.
O vereador responsável pelo pelouro do ambiente sublinhou que "a situação não é dramática porque foram feitos ajustamentos no sistema, em articulação com as empresas" que fazem a recolha e tratamento do lixo, "dado o fluxo de peregrinos nestes dias" e a atividade comercial, sobretudo ao nível da restauração.
O pré-aviso de greve foi feito pelos trabalhadores da Valorlis - empresa que gere o tratamento de resíduos sólidos urbanos dos concelhos de Leiria, Pombal, Ourém, Marinha Grande, Batalha e Porto de Mós - que reivindicam, entre outras exigências, uma melhoria salarial.
A recolha de resíduos e a limpeza urbana são realizados pela SUMA, que transporta o lixo para a Estação de Transferência de Gondemaria, gerida pela Valorlis.
"Caso se mantenha a greve e exista de facto adesão por parte dos trabalhadores, esta é a situação mais delicada, uma vez que não será possível fazer o depósito na estação, o que pode obrigar os carros da SUMA a esperarem até ao dia seguinte para o fazer [terça-feira]", informou José Alho.
O autarca salientou que foram tomadas medidas de mitigação: "Sem recorrer a reforços extraordinários foram decididos ajustamentos, estando a ser feito um esforço de recolha e transporte de resíduos, indiferenciados e recicláveis, ontem [sexta-feira] e hoje, de forma a esvaziar ao máximo os contentores espalhados por Fátima para garantir o maior encaixe possível".
Milhares de peregrinos são esperados no fim de semana e na segunda-feira para a peregrinação dos dias 12 e 13 de maio, na qual se assinala os 96 anos das aparições marianas na Cova de Iria.