Mais de 100 pessoas, entre atores e figurantes, protagonizaram quinta-feira à noite a Paixão de Cristo em Bravães, Ponte da Barca, atraindo centenas de pessoas até ao mosteiro românico da freguesia, um dos ex-libris do concelho.
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A encenação das últimas horas de vida de Cristo foi transformada num formato de teatro de rua, com a colocação de bancadas o que permitiu maior comodidade ao público.
"Mantivemos o cenário que começamos em 2016, com as bancadas, porque percebemos que as pessoas assim entendem melhor a peça e estão mais cómodas", confirmou Carlos Araújo, presidente dos "Canários de Bravães", associação que organiza a peça há 15 anos, na freguesia.
Todos os atores são amadores e naturais da pacata freguesia barquense, sendo grande parte deles muito jovens. "Alguns atores já sabem os papéis de cor e salteado", admite Carlos Araújo. Na representação desta peça, baseada no guião de "A Mui Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo", da autoria do padre Francisco Vaz, o presidente da Junta de Bravães é um dos atores mais empenhados ao desempenhar o papel de acusador de Jesus Cristo.
"Esta peça é já uma imagem de marca deste concelho e diria mesmo do país. Estes atores têm paixão pela Paixão de Cristo", assegurou Jaime Ferreri, encenador da peça.
A abrir o espetáculo, cerca de uma dezena de mulheres recriou outra tradição secular do Alto Minho, ao cantar uma novena de ementar (evocar) as almas.
Para a realização desta peça, a Associação Cultural "Os Canários de Bravães", contou com a colaboração da Junta de Freguesia Bravães e da Câmara de Ponte da Barca.