<p>Parceria público-privada na origem de investimento de 25 milhões em Ponte da Barca. Empreendimento alia o turismo e os negócios às energias renováveis. Estrutura ocupará 200 hectares e deverá criar 100 postos de trabalho directos.</p>
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"Estratégico. Não só para o concelho mas para toda a região." É assim que o executivo municipal de Ponte da Barca alude ao Parque da Energia, investimento pioneiro a nível nacional que pretende aliar o turismo à promoção de fontes de energia renováveis.
Surgindo na sequência do Plano Estratégico de Desenvolvimento do município, o empreendimento pretende conciliar diversas vertentes - da científica e empresarial à de lazer e turismo - num só espaço, situado junto à albufeira de Touvedo e às portas do Parque Nacional da Peneda-Gerês. As obras devem arrancar até Junho do próximo ano, prolongando-se até 2013. Uma vez concluído, o Parque da Energia deverá gerar perto de uma centena de postos de trabalho directos e outros tantos indirectos.
"Trata-se de um projecto que valoriza a estratégia turística de toda a região, além de criar um importante número de postos de trabalho", assinala o autarca local, Vassalo Abreu. Segundo o edil, promotores privados houve que manifestaram interesse no espaço em causa, situado na sua globalidade na freguesia de Entre-Ambos-os-Rios. Contudo, a opção da autarquia recairia na proposta da Engenheiros Associados, em detrimento de investidores, tanto portugueses como estrangeiros, que chegaram a contactar a Câmara com o intuito de ali criar um campo de golfe.
Do investimento a realizar, mais de duas dezenas de milhões de euros caberão ao parceiro privado, que conta, para o efeito, com o apoio da empresa constituída por investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores. À Câmara de Ponte da Barca caberá, enquanto parceira do projecto, a construção de um posto náutico, estrutura a erguer junto ao Parque da Energia e que terá por função prestar apoio às diversas actividades desportivas e de aventura ligadas à água e à montanha.
O empreendimento prevê a construção de uma unidade hoteleira de quatro estrelas (com SPA e 40 quartos), bem como de perto de uma centena de casas modulares de pequena/média dimensão, que se pretendem auto-suficientes do ponto de vista energético. No âmbito da promoção das energias renováveis, a proposta contempla um centro de interpretação, que incluirá um museu interactivo sobre a evolução das diferentes fontes energéticas, bem como a futura Academia das Energias, espaço destinado à investigação e que funcionará em articulação com estabelecimentos do Ensino Superior. Paralelamente, o complexo destinará um espaço às empresas do sector, compreendendo a área um centro de negócios e um "showroom", destinado a exposições. Uma área de restauração, comércio e lazer complementam a oferta.