Isabel Rocha acordou com ladrar de Max, após um incêndio que começou na cozinha de casa, em Braga.
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Isabel Rocha, 57 anos, não contém as lágrimas quando se lembra de como terminou a sua noite de domingo. Um incêndio deflagrou na cozinha de casa, na freguesia de Cabreiros, em Braga, quando já estava no quarto a dormir. "Se não fosse o meu cão, morria na cama", diz ao JN, lamentando a morte do animal de estimação e de um canário, que acabaram por não resistir à inalação de fumos.
Eram 23 horas, quando Isabel Rocha se dirigiu para o quarto. Ligou o televisor, para o desligar no minuto a seguir. "Decidi não ficar a ver televisão e deitei-me a dormir", conta, ao mesmo tempo que recorda o "cheiro estranho" que sentiu no momento em que se deitou na cama. Não deu importância, até ser despertada, minutos depois, pelo cão, Max. "Ele começou a ladrar e, quando tentei ligar a luz, já não tinha eletricidade. E com o fumo que estava, já nem consegui sair de casa pela porta da cozinha", descreve, sublinhando que saiu pela frente da habitação e gritou pelo irmão, que é vizinho.
Cão não resistiu
"Até veio descalço, para tentar salvar o cãozinho, mas já estava morto à beira da cesta onde ele dormia, na cozinha. O canário também morreu", recorda, em lágrimas, a irmã Ana Rocha, que ontem ajudava Isabel a retirar eletrodomésticos e roupas que escaparam às chamas.
Quando os Bombeiros Sapadores de Braga chegaram ao local, o fogo já tinha sido extinto pela família e amigos que se encontravam no café a poucos metros.
Curto-circuito
Os operacionais acabaram por ajudar na ventilação da casa e a retirar algum material ardido.
O fogo, que terá tido origem num curto circuito, destruiu a cozinha . O fumo acabou por danificar paredes noutras zonas da casa, que ficou inabitável.
"Desmaiei duas vezes e, como sou asmática, passei a noite no Hospital de Braga", conta Isabel Rocha, ainda mal refeita do susto e da perda do Max, que tinha quatro meses.
"Os fios elétricos que caíram ao chão, de certeza, que lhe taparam a passagem", diz a moradora, para tentar justificar a morte do canino, que era adorado por toda a família. "Se não fosse ele, já não me ia pôr a pé", reforça, enquanto olha para os destroços deixados pelo fogo.
Os dois gatos, que estavam noutras divisões da casa, conseguiram escapar ilesos.
8 elementos dos Bombeiros Sapadores estiveram no socorro, com três viaturas. Bombeiros Voluntários, VMER e GNR também acorreram ao local.