Construção da maior infraestrutura rodoferroviário da Península Ibérica arranca este ano
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A construção do terminal rodoferroviário de mercadorias de Lousado, em Famalicão, deverá arrancar no início do segundo semestre deste ano. A nova infraestrutura, que deverá começar a operar no início de 2023, vai criar 70 postos de trabalho. Terá 220 mil metros quadrados e vai servir as empresas da
O primeiro projeto foi apresentado há três anos, com a entrada em funcionamento prevista para 2020 mas tal como o JN informou, a pandemia atrasou o processo nomeadamente o estudo de impacto ambiental. Entretanto, a Medway (empresa que vai construir o terminal) introduziu melhoramentos e reformulou o projeto. As alterações foram apresentadas no passado mês de setembro.
As melhorias introduzidas ao projeto daquele que será o maior terminal rodoferroviário da Península Ibérica fizeram subir o volume de investimento. A Medway vai investir 63 milhões de euros no novo equipamento, mais 28 milhões de euros do que o inicialmente previsto.
A empresa espera ter "concluídos todos os projetos no decurso do próximo mês, a fim de serem submetidos à Câmara, para a respetiva licença de construção". "Se tudo correr como previsto, poderemos começar as obras no início do segundo semestre de 2022", adianta fonte da empresa. Avança também que o objetivo é "ter o terminal operacional no início de 2023".
A nova infraestrutura terá quatro linhas férreas de 750 metros e capacidade de armazenagem para 11 mil TEU, sendo que cada TEU equivale a cerca de seis metros, que é o comprimento de um contentor padrão de mercadorias. Estão previstas ligações para contentores refrigerados, área reservada para mercadoria perigosa, espaços para armazenagem e serviços logísticos, parque seguro para camiões e oficinas.
"O Terminal de Lousado será um terminal de última geração, com ligação ferroviária aos principais portos nacionais e à Europa, potenciando a indústria exportadora local, facilitando a logística das suas mercadorias e contribuindo desse modo para a economia e o emprego da região, de uma forma mais eficiente e sustentável", revela a empresa.