A circulação ferroviária na Linha da Beira Alta, entre Mortágua e Pampilhosa, não foi ainda retomada após o descarrilamento de um comboio de mercadorias na quinta-feira e, esta sexta-feira, prosseguem os trabalhos de reparação.
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"Estamos a falar de uma extensão de seis quilómetros de destruição, que inclui três pontes", disse à agência Lusa uma fonte das relações públicas da Refer - Rede Ferroviária Nacional.
Segundo a fonte, várias equipas, com dezenas de pessoas, estão a realizar "um trabalho árduo" no local, há mais de 20 horas, sem interrupções durante a noite.
Um dos 19 vagões de uma composição da empresa Takargo, do grupo Mota Engil, que percorria a Linha da Beira Alta no sentido Vilar Formoso-Coimbra, descarrilou na quinta-feira, às 12.30 horas, próximo do apeadeiro do Luso-Buçaço, concelho da Mealhada.
O comboio transportava bobinas de papel. Um dos vagões do meio da composição saiu dos carris e "foi destruindo a via num trajeto de seis quilómetros", adiantou a fonte.
O acidente causou "danos avultados" na infraestrutura ferroviária e destruiu sobretudo centenas de travessas, sem que, para já, a Refer possa prever quando será restabelecida a circulação na Linha da Beira Alta.
A CP continua a assegurar o transbordo rodoviário aos passageiros.