<p>A Associação de Professores em Defesa do Ensino considerou hoje, sexta-feira, que o acordo assinado com o Governo cria um sentimento de "desilusão" junto dos docentes, na medida em que existem ainda "questões por resolver".</p>
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"A sensação que fica é de uma certa desilusão, pois não nos parece que tenha sido um bom acordo", declarou o responsável daquele movimento, Ricardo Silva.
O Governo e oito das 14 organizações sindicais assinaram na madrugada de hoje um acordo relativo ao Estatuto da Carreira Docente e Modelo de Avaliação dos Professores, o qual estabelece o fim da divisão de categorias, entre professores titulares e não titulares, assim como o acesso ao topo da carreira dos profissionais com avaliação "Bom".
"A luta dos professores vai ter de continuar, dadas as questões que ficaram de fora", afirmou Ricardo Silva, apontando a definição de quem ficará com a responsabilidade de avaliar os professores, a questão da carga burocrática a que os docentes estão sujeitos e o Estatuto do Aluno como alguns dos pontos que "necessitam de esclarecimento".
O dirigente da Associação de Professores em Defesa do Ensino disse ainda à Lusa que essas indefinições irão continuar a "criar perturbação nas escolas", pelo que receia o "aparecimento de clivagens".
Outro aspecto negativo apontado por Ricardo Silva relaciona-se com a "não recuperação do tempo de serviço", que ficou congelado nos últimos dois anos.
Razões para que Ricardo Silva considere que os sindicatos e movimentos que não subscreveram o acordo terão de se reunir e tomar posições.
"Não nos parece que o assunto esteja resolvido", acrescentou.