António José Seguro e António Costa apresentaram, no debate de quarta-feira, propostas para a Economia, a Dívida, Território, Coligações e a quanto à herança de José Sócrates.
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Economia
António José Seguro (AJS): Defendeu a apresentação já de propostas de governação e propõe apoiar-se na indústria tradicional, nos recursos endógenos e na economia digital para criar riqueza e emprego, recuperar o rendimento das pessoas, reformar o Estado, ter voz firme na Europa e assegurar a sustentabilidade das contas e das funções sociais do Estado
António Costa (AC): Portugal precisa no imediato de um programa de fisioterapia, assente em quatro pontos: dar força às empresas e ao emprego, estabilizar os rendimentos das pessoas, através do salário mínimo das pessoas e do fim dos cortes nas pensões e atacar a pobreza. Mas programa de Governo, só quando estiver a candidatar-se a primeiro-ministro
Sócrates
AJS: Sobre Sócrates, diz não enjeitar o passado, mas também não querer trazê-lo de volta
AC: Acusa Seguro de gastar mais energias a combater os anteriores Governos PS do que o atual.
Dívida
AJS: Lembrou ter defendido a substituição da dívida do FMI_por outra do mercado, mais barata - algo que o Governo agora prepara - e disse querer pressionar a Europa a aceitar a mutualização da dívida. Diz ser um europeísta
AC: Diz que, sem mais economia não se resolverá o problema da dívida e lembrou que o meio académico tem proposto saídas. E diz ser necessário aproveitar todas as fontes de receita comunitárias. Diz ser um euro-exigente
Território
AJS: Nega ter-se recusado a negociar com o Governo a fusão das freguesias (disponibilizou-se, mas o Governo propôs a reforma sem seu conhecimento). Disse ter corrido o país de Norte a Sul e não ficado à janela de um município à espera de uma oportunidade
AC: Propõe que os presidentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais (CCDR) deixem de ser nomeados pelo Governo e passem a ser eleitos pelos autarcas. E lembra que dirigiu com sucesso a fusão de freguesias em Lisboa.
Coligações
AJS: Sem maioria absoluta, só negociará com quem não defenda a saída do euro, privatizações ou o fim do Estado social
AC: Nega ter acordo de governação com Rui Rio e admite negociar com todos os partidos com assento parlamentar