O líder do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, estima que a dívida da região deve situar-se nos cinco mil milhões de euros e admite fazer coligação com o CDS na região, caso perca a maioria nas eleições de 9 de Outubro.
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Numa entrevista à RTP-Madeira, esta quinta-feira à noite, Alberto João Jardim admitiu estar disponível, num cenário hipotético de perder a maioria nas eleições, a fazer coligação com o CDS na região. "O CDS seria o parceiro ideal até para ficarmos conjugados, mas está a pôr aqui uma conjuntura que não me passa pela cabeça", disse.
Acrescentou que "se fosse preciso fazer coligação, o CDS facilitava até a vida da Madeira, até porque havia uma comunhão mais forte de interesses e deixava de haver estas histórias do senhor Portas lá ser aliado do PSD e aqui ser adversário do Alberto João".
Recorde-se que o líder regional garantiu, no início de Agosto, que abandonaria a política caso não tivesse maioria nas eleições. "Se não tiver maioria que possa formar governo, 'bye bye', que eu tenho outras coisas para fazer enquanto Deus me der vida", disse.
Dívida idêntica à do Metro do Porto
Quanto à dívida da Madeira, o cabeça de lista do PSD às eleições legislativas regionais anunciou que o secretário regional do Plano e Finanças vai apresentar nos próximos dias "isso tudo, onde o dinheiro foi gasto".
Para Alberto João Jardim, a dívida regional "tem que ser tratada nas mesmas condições que a dívida do País", apontando que "é mais ou menos a do Metro do Porto, cinco mil e tal milhões" de euros.
O secretário (regional das Finanças, Ventura Garcês) vai apresentar "isso tudo e onde o dinheiro foi gasto, para ficar tudo clarinho antes das eleições", referiu, tendo noutro momento dito que seria "mesmo antes de Bruxelas, mesmo antes do primeiro-ministro, antes das eleições".
Mais uma vez rejeitou que tenha ocultado dados sobre a situação da Madeira às entidades competentes e salientou "compreender" a opção do primeiro-ministro de não ir à Madeira fazer campanha eleitoral.