O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, garantiu esta tarde, no Parlamento, que está motivado para executar o Orçamento do Estado para 2011, apesar dos "desabafos e estados de alma".
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Dois dias depois de ter dito, numa entrevista ao semanário "Expresso" que está "saturado" das funções que ocupa, o ministro Luís Amado garantiu que a sua motivação "é total" para executar o Orçamento do Estado para 2011.
"Estou completamente motivado, independentemente dos desabafos ou estados de alma a que todos temos direito". Foi assim que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros respondeu à pergunta do deputado do PSD, Carlos Gonçalves, sobre se o governante "se vê a executar este Orçamento e se está motivado" para o fazer, à luz das afirmações publicadas na edição de sábado do "Expresso".
Luís Amado, que na referida entrevista defendeu que "o país precisa de uma coligação já" e, para permitir a sua viabilização, disse estar disponível para sair do Governo, foi ao Parlamento aligeirar o discurso.
"O senhor deputado é dos que lêem os títulos e não as entrevistas", afirmou Amado ao dirigir-se a Carlos Gonçalves, antes de considerar que "os títulos das entrevistas são um compromisso entre o que os jornalistas gostariam que nós disséssemos e o que está dito". Desta forma, o ministro defendeu que na dita entrevista "foi muito para além da fórmula redutora do título".
O ministro está a ser ouvido na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado na especialidade.
Antes de Luís Amado, foi ouvido o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, que, ao ser questionado pelos jornalistas sobre a sua disponibilidade para participar num futuro governo de coligação, apenas afirmou: "Essa não é matéria da minha competência".