O líder da Federação Nacional dos Professores falava aos jornalistas à porta do Ministério da Educação, onde hoje a nova ministra, Isabel Alçada, recebe todos os sindicatos do sector para discutir a avaliação de desempenho e o Estatuto da Carreira Docente.
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O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, diz que "o jogo a sério" entre sindicatos de professores e Governo "começa hoje", esperando um relacionamento institucional entre as duas partes "significativamente diferente" daquele que se verificou no passado.
"O jogo a sério começa hoje porque vamos ter uma reunião com o Ministério da Educação para tentar perceber quais são, de facto, as disponibilidades desta equipa ministerial para podermos avançar para um tempo de maior tranquilidade. A nossa abertura é completa e total", afirmou.
O líder da Federação Nacional dos Professores falava aos jornalistas à porta do Ministério da Educação, onde hoje a nova ministra, Isabel Alçada, recebe todos os sindicatos do sector para discutir a avaliação de desempenho e o Estatuto da Carreira Docente.
Sublinhando tratar-se de um reunião "para começar tudo de novo", o sindicalista disse estar com "expectativas positivas", até porque "toda a equipa ministerial foi substituída".
"É também o reconhecimento de que alguma coisa esteve mal no passado", afirmou, lembrando que tudo o que foi proposto pelos sindicatos na anterior legislatura foi "recusado".
Mário Nogueira indicou que a Fenprof vai entregar à ministra um dossier com todas as "posições, propostas e pareceres" apresentadas à anterior ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, levando "à cabeça" a suspensão do modelo de avaliação de desempenho e o fim da divisão da carreira entre professores e professores titulares
"Esperamos que esta equipa ministerial entenda os benefícios da suspensão deste modelo. Suspender e não prosseguir no segundo ciclo avaliativo com um modelo que está condenado à partida", afirmou.
Quanto ao Estatuto da Carreira Docente, o secretário-geral da Fenprof manifestou-se confiante em que da reunião de hoje possa sair um calendário negocial, tendo em vista a sua revisão.
Questionado sobre o regresso dos professores às manifestações na eventualidade da avaliação não ser suspensa, Mário Nogueira disse que colocar já essa possibilidade "é prematuro".
"Até agora não tivemos mais do que um aquecimento", afirmou.