Portas diz que Governo será avaliado pela conquista de um país livre e soberano
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros considerou, este domingo, que o caminho do Governo "não é um 'sprint'" mas "uma maratona" e que este será avaliado pela "conquista" de um país novamente "livre, autónomo e soberano".
Corpo do artigo
No final de um Conselho de Ministros informal para fazer o balanço de um ano de mandato do Governo, Paulo Portas defendeu que "um ano depois é justo reconhecer que há uma clara melhoria da perceção internacional sobre Portugal" e a "diferença significativa" em comparação com a Grécia.
"Recebemos um país à beira de um precipício, a obrigação que temos é de fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que o país que conseguirmos reformar com o apoio dos portugueses seja um país livre, autónomo e soberano", afirmou o chefe da diplomacia portuguesa.
Ao lado do primeiro-ministro, Passos Coelho, e no final de uma reunião que durou pouco mais de duas horas, o ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que por "cumprir os acordos, honrar a palavra, fazer as reformas imprescindíveis" e querer "recuperar a credibilidade e autonomia", Portugal é visto hoje "como um caso próprio e singular".
"Dito de forma simples, há um ano Portugal estava muito perto do precipício, um ano depois, do que de nós depende, cada dia que passa estamos mais longe desse risco e mais perto do dia em que recuperaremos da nossa autonomia", acrescentou.
Na sua intervenção, o líder do CDS-PP, deixou uma breve referência à coligação com o PSD, afirmando que "está de boa saúde", com o primeiro-ministro a elogiar no início do seu discurso os centristas como "um parceiro leal e de confiança" ao longo "de todo este tempo de dificuldades".
Dirigindo-se a Passos Coelho, o presidente do segundo partido da coligação disse que o trabalho do Governo "não é um 'sprint'", mas "uma maratona" e insistiu que a avaliação que será feita do Governo tem a ver com "a obrigação de deixar no final do nosso mandato seja um Portugal autónomo e livre".
"Recebemos um país à beira de um precipício, a obrigação que temos é de fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que o país que conseguirmos reformar com o apoio dos portugueses seja um país livre, autónomo e soberano", frisou.