Garantia da ministra da Educação no dia em que o projecto de resolução do PSD foi viabilizado no Parlamento com a abstenção do PS.
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O projecto de resolução do PSD sobre avaliação de professores e estatuto da carreira docente foi hoje, sexta-feira, viabilizado no Parlamento, com votos favoráveis da bancada social-democrata e abstenção do PS.
O diploma do PSD, aprovado com abstenção de todas as outras bancadas, recomenda ao Governo o fim da divisão da carreira em duas categorias e a criação de um novo modelo de avaliação no prazo de 30 dias, além de defender que no primeiro ciclo avaliativo, que está a terminar, não haja professores penalizados em termos de progressão da carreira devido a diferentes interpretações da lei.
"Os professores terão um modelo de avaliação em que se revejam", garantiu a ministra da Educação, Isabel Alçada, à margem da abertura do seminário internacional "Informação e Orientação Escolar e Profissional - Referenciar Experiências, Perspectivar Caminhos", organizado pela Associação Nacional de Escolas Profissionais (ANESPO).
"Há já muito trabalho de afinação de critérios feito para que o novo modelo de avaliação se articule bem com a carreira docente e para que a carreira traduza uma forma rigorosa e exigente de progressão, em que os professores se revejam", afirmou Isabel Alçada.
A governante disse ainda que "o Ministério tem tudo preparado para que o primeiro ciclo da avaliação dos professores esteja fechado em Dezembro".
"Em relação ao futuro, estamos a trabalhar para fazer ajustamentos, de forma a tomar em consideração tudo o que as escolas têm vindo a realizar", bem como "o que as pessoas valorizam no trabalho do professor e que se traduz em melhoria da qualidade de ensino e em resultados do sistema educativo", salientou.
Sete projectos chumbados
Na sessão desta manhã, no Parlamento, foram chumbados sete projectos da restante oposição para suspender o actual modelo de avaliação e acabar com a divisão da carreira dos professores.
Todos os diplomas tiveram a mesma votação - votos favoráveis do CDS-PP, Bloco de Esquerda, PCP e Verdes, abstenção do PSD e votos contra do PS - à excepção do projecto de resolução do CDS-PP sobre alteração do estatuto da carreira dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário.
Este diploma teve apenas o apoio das bancadas democrata-cristã e do BE, enquanto PCP e Verdes se juntaram ao PSD na abstenção e o PS manteve o voto contra.