O líder parlamentar do PSD quis fazer, esta quinta-feira, um "reconhecimento" da atuação das forças policiais, que qualificou de "impecável", face a um "conjunto restrito" de manifestantes, não enquadrados "nem no espírito nem na dinâmica" das manifestações da CGTP.
Corpo do artigo
"Queria dar nota pública do grande reconhecimento que fazemos da atuação das forças policiais e da PSP em particular durante o dia de ontem", declarou Luís Montenegro aos jornalistas, no Parlamento.
O líder da bancada social-democrata disse que a "atuação da polícia foi impecável para responder, dentro de um quadro proporcionado, àquilo que eram os elementos que tinha à sua frente", aos quais se referiu como "um conjunto restrito de manifestantes que não se enquadravam nem no espírito nem na dinâmica das manifestações que estavam a ser promovidas no âmbito da greve geral por parte dos sindicatos afetos à CGTP".
Luís Montenegro sublinhou que "esse conjunto restrito" que se tem vindo a manifestar desfere também "um ataque" ao "respeito institucional das instituições democráticas", sublinhando que a Assembleia da República é "a casa da democracia" e "acolhe a opinião plural do povo português" expressa em eleições.
"Quero deixar uma palavra de estímulo a todos os portugueses, todos aqueles que não fizeram greve e puderam trabalhar, aos que não fizeram greve mas não puderam trabalhar em função da própria greve, e também aqueles que fizeram greve, no sentido de que todos são imprescindíveis para que o país trilhe este caminho de recuperação e de relançamento social e económico", afirmou.
Montenegro disse que a maioria quer "mobilizar o país" para "ultrapassar o momento difícil, delicado", argumentando que "reequilibrar as contas públicas" e a "capacidade de financiamento" da economia são "dois eixos fundamentais" para "mais crescimento económico e mais emprego e, com isso, uma conflitualidade social menor".
"Precisamos de um país intransigente no assegurar dos direitos das pessoas, incluindo o direito à greve, mas que seja também intransigente na manutenção da estabilidade das instituições democráticas, do seu funcionamento, da liberdade que lhes está subjacente, e do trabalho que as forças de segurança cumprem para garantir a ordem pública e para garantir que cada um de nós, no seu trabalho, no seu dia-a-dia, possa exercer livremente as suas ocupações e as suas funções", declarou.