PSD diz que se antevê saída do programa de ajustamento da "melhor forma possível"
O PSD defendeu esta terça-feira que as previsões do Banco de Portugal anteveem que a "saída do programa de ajustamento" poderá "acontecer da melhor forma possível", embora sem adiantar esse cenário inclui um programa cautelar.
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"Esta análise do Banco de Portugal permite também antever que a saída do programa de ajustamento em junho de 2014 pode acontecer da melhor forma possível, como todos desejamos", afirmou o deputado do PSD Miguel Frasquilho, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
De acordo com o Boletim Económico de Inverno divulgado esta terça-feira, o Banco de Portugal voltou a melhorar as previsões económicas para este ano, esperando agora uma recessão de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), acima das perspetivas do Governo, que calcula uma contração de 1,8%.
Questionado se a "melhor forma possível" de sair do programa de assistência é sem um programa cautelar, Miguel Frasquilho foi cauteloso, afirmando que ainda faltam "sete meses" e que os tempos que se vivem são "incertos" e ainda "muita coisa se pode alterar".
"Mas são análises destas, projeções destas, que nos permitem acalentar a esperança que esse cenário seja o mais favorável possível", ressalvou.
Frasquilho destacou que o boletim de inverno do banco central "revê em alta todo o cenário macroeconómico do país para os próximos três anos", o que "significa que a vida dos portugueses irá progressivamente melhorar".
"Enfatizo, em particular, que o Banco de Portugal acredita que as exportações vão ter um dinamismo muito forte nos próximos anos e que, ao nível da procura interna, no consumo e no investimento, há já não apenas uma estabilização, mas uma recuperação. Permito-me destacar o investimento, que é também uma componente muito importante para sustentar o crescimento das exportações e da economia", sustentou.
"Em relação ao enorme flagelo que é o desemprego, que se mantém a níveis muito elevados, estas projeções do Banco de Portugal permitem antever perspetivas menos desfavoráveis para o mercado de trabalho, o que nos dá alento e mostra que os esforços que os portugueses têm estado a fazer, que têm sido duros, têm sido muitos, não serão, certamente, em vão", defendeu.