Em 2009, a PSP efectuou 703 operações de prevenção criminal, tendo apreendido mais de três mil armas, anunciou o secretário de Estado adjunto e da Administração Interna.
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José Conde Rodrigues falava, em Lisboa, na sessão de encerramento da apresentação do estudo "Violência e armas ligeiras, um retrato português", divulgado pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.
Conde Rodrigues indicou também que, em 2009, a PSP destruiu mais de 1500 armas apreendidas.
Tendo por base o número de armas registadas em Portugal adiantado pelo Departamento de Armas e Explosivos (DAE/PSP), o estudo do CES estima que existem em Portugal cerca de 2,6 milhões de armas de fogo em posse civil. Destas, 1,4 milhões são legais (54 por cento) e 1,2 milhões são ilegais (46 por cento). Ou seja, existem, em Portugal, 2,5 armas de fogo por cada dez habitantes.
O governante não comentou esta estimativa apresentada pelos investigadores, mas observou, durante a sua intervenção na cerimónia, que o estudo evidenciará "a metodologia que seguiu" na obtenção daqueles resultados, que já foram considerados "especulativos" por um porta-voz da PSP.
Na sua intervenção na sessão, Conde Rodrigues realçou a importância de se "fiscalizar o comércio das armas" e de "disciplinar o uso de armas" de fogo, regulando também o licenciamento dos armeiros e o uso de armas de fogo para desporto e a caça.
O secretário de Estado referiu que muitas das armas apreendidas em Portugal estão relacionadas com a caça e falou de iniciativas legislativas tendentes a "procurar limitar o uso de armas".
No domínio da caça, Conde Rodrigues apontou para a necessidade de "articular" a licença de uso e porte de arma com a licença de caçador.